sábado, 29 de maio de 2010

FARRAZINE n. 16

Aí está a prova de que o Rodrigo se formou em Hogwarts; que o Snuck não é um indíviduo, e sim uma consciência coletiva abrigada por um exército de múltiplos braços; e que, equanto Jesus não volta, Deus mandou Kio na frente para ir fazendo os primeiros milagres.
Sai do forno a mais nova edição do FARRAZINE, e meu ego aumenta ainda mais por poder dizer que ando com esse pessoal desde o início.


FARRAZINE N. 16


• Entrevista com VITOR CAFAGGI
• DESTRUKTO [HQ]

• Você quer fazer Quadrinhos?
• Sidooh - Samurais Guerreiros
• por Jacarandá

• Batman - Terremoto
• por Juliano

• Inteligência Coletiva
• por Filipêra

• Dança em Quadrinhos
• por Rodrigo!

• Os Kana: Hiragana
• por Hiro

Contos:
• Triste, Triste
• O Pênis
• O Nascimento da Morte
• E Nós Tínhamos uma Música
• CPF
• Sexto Andar



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sábado, 15 de maio de 2010

A Teoria do Peludinho



Uma coisa muito estranha que me acontece - uma das muitas - é que a maioria das idéias que tenho, sejam para o bem quanto para o mal, me vêm quando eu estou escovando os dentes. Não sei se tem relação com o fato de eu ainda estar parcialmente dormindo logo quando levanto e, conseqüentemente, ainda meio delirando pelos universos incomuns que costumo visitar nos meus sonhos. Mas o que costuma acontecer nestes momentos é que eu me vejo filosofando e acabo criando algumas teorias científicas e filosóficas no processo.
Uma dessas teorias tem sua origem na distante década de ’90, quanto eu assisti pela primeira vez a Entrevista com O Vampiro em uma noite fria. Minha irmã estava junto comigo, mas ela acabou ficando com medo e colocou a cabeça embaixo do seu cobertor para não ver mais. Pô, certo que ela era bem pequena na época, mas ter medo de Entrevista com O Vampiro parece um pouco de exagero. Se bem que nem tanto quando lembro que meu primo Diego tinha medo de um desenho animado chamado Alice e O Canguru.
O que mais me marcou quando vi o referido filme foi a situação da pequena garota, personagem interpretado pela Kirsten Dunst, que andava com Louis e Lestat, que viveria por décadas, mas sem nunca crescer. Ao se tornar um vampiro, as pessoas transformadas ficavam com a mesma aparência enquanto vivessem (ou seria "morressem"? ou talvez "não-vivessem"?).
Não sei se é maluquice minha, mas não deixei de pensar em como seria essa situação. Ficar preso à mesma forma talvez pela eternidade. E isso foi fundamental para formar meu modo de pensar durante a adolescência, exatamente no momento em que minha barba iniciou seu crescimento.
Sobre a minha barba... bem, eu tenho uma estranha relação com ela. Sem barba, fico com cara de um total panaca. Não que eu não seja, mas esta característica fica mais evidenciada; quando minha barba está muito grande, pareço um fugitivo-da-Justiça-membro-de-um-partido-comunista-guerrilheiro-que-vive-atualmente-de-mendicância-e-se-alistou-nas-tropas-da-Al-Quaeda.
Logo, vocês já devem ter percebido no que esse raciocínio vai resultar: eu vivo sempre preocupado em estar com a barba de um tamanho "bom", para, caso eu seja ocasionalmente transformado em um vampiro, não acabe condenado a passar os próximos séculos com cara de abobado ou de Saddan Hussein.
Isso tudo me levou ao seguinte raciocínio: por que a barba supostamente me deixa menos feio? Para responder a essa questão, iniciei uma série de experimentos científicos que me levaram às seguintes questões:

Quem é mais "fofinho", um coelho ou um pato?
Quem é mais "fofinho", um pato ou um sapo?
Quem é mais "fofinho", um coelho ou um sapo?

Depois de realizar uma pesquisa em que certo público feminino respondeu a estas perguntas, pude chegar à seguinte determinação quanto à quantidade de "fofinheza" dos objetos estudados em ordem decrescente: coelho > pato > sapo.
O mais "fofinho" de todos é o coelho. O menos "fofinho" é o sapo. E o intermediário entre os dois é o pato.
Percebam que o coelho, o mais bonito dos três, é o que tem o corpo coberto por pêlos. O mais feio, o sapo, tem o corpo descoberto. E o pato está coberto por penas, que é algo que a Natureza rascunhou para chegar aos pêlos.
Esses dados comprovaram a tese de que o pêlo (ou barba) auxilia na busca por uma melhor condição estética. "Mas como o pêlo gera essa conseqüência?", foi a pergunta que me veio a seguir.
Então lá fui eu para mais uma série de experimentos, até que encontrei uma imagem hipotética: um coelho completamente sem pêlos. Aquela criatura de pele branca, enrugada. Imediatamente, sob esta nova condição, o coelho caiu para o último lugar na colocação de "fofinheza". Foi aí que pude determinar que a verdadeira função do pêlo, e da barba, é a de tapar e esconder a feiúra natural dos indivíduos. Logo, uma pessoa como eu, alguém não tão bonito assim (isso foi um baita eufemismo), tem o rosto oculto por uma camada de barba, cobrindo parte desta face visualmente desagradável. Então, diante de uma menor área de feiúra, o conjunto todo parece menos feio.
Atualmente, eu só corto minha barba quando esta às vésperas de atingir o nível "integrante do partido comunista", mas com uma tesoura e me certificando de nunca removê-la completamente.