Notícias Internacionais – França, 1878
Homem é assassinado, e grupo de justiceiros aterroriza moradores no interior da América
John
Tunstal
Vítima
de latrocínio encontrada baleada na cabeça.
John Tunstall, criador de gado no condado
de Lincoln, no estado do Novo México, América, foi encontrado morto no dia 18
de fevereiro. O corpo fora alvejado por inúmeros projéteis de arma de fogo,
incluindo um disparo na região do crânio feito por um rifle. Testemunhas
relatam que a vítima fora surpreendida por um grupo que estava a furtar algumas
cabeças de gado de sua propriedade.
Essas mesmas testemunhas afirmam que o
latrocínio fora cometido por um grupo de homens legalmente armados associados
aos proprietários do armazém atacadista The
House. A polícia suspeita que o motivo seja a disputa pelos contratos de
comércio de carne com o estado do Novo México e o controle das áreas de pasto
da região. Alexander McSween, advogado, sócio e amigo da vítima disse estar
consternado e exigiu das autoridades competentes e do Governador do Novo México
que os responsáveis sejam levados à Justiça.
O recém nomeado policial especial R. M.
Bruer foi encarregado de liderar a equipe de investigação. Entretanto pessoas
que por questões de segurança preferem não se identificar, mas que demonstraram
simpatia pelo grupo de regulators,
afirmam que os homens de Bruer vêm praticando atividades de milícia e
executando sumariamente os acusados.
Diante de tais acontecimentos, o
Governador do estado do Novo México decretou a exoneração e prisão de Bruer e
seu grupo. O xerife de Linclon adverte aos cidadãos que levem às autoridades
qualquer informação referente ao paradeiro do grupo e que tomem especial
cautela caso encontrem com Willian Henry Bonney, um dos integrantes da milícia
cujo comportamento é considerado extremamente perigoso.
Selvagens asiáticos pretendem
organizar exército
É com imensa compaixão que chega a nós a
notícia de que uma tribo de selvagens no leste da Ásia revelou que seu rei
pretende, a partir deste ano, organizar um exército de verdade.
Isolados na ilha desolada e não desbravada
descoberta pelos portugueses conhecida como Japão, tal povo vive em total selvageria
e barbarismo. Segundo informações que vieram a nós através de contato com o
embaixador da Holanda — que até a década passada era única nação civilizada a
ter relações com a tribo desde 1639 —, até dois anos atrás, os “guerreiros”
tribais locais se utilizavam de espadas, arcos, flechas e armaduras para
combater. Imaginem o quanto será engraçado quando o bando de incivilizados
tentar disparar uma arma de fogo.
Como se essa simples pretensão já não
fosse digna de pena, saibam que o rei do Japão decidiu organizar seu novo
exército com base nos métodos detestáveis alemães. Aparentemente, esse rei
bárbaro possui certa simpatia por modelos da Alemanha. E certamente não é à
toa, pois existe povo mais selvagem, bárbaro e inculto do que os alemães em
toda a Europa? Não que se faça necessário, mas oremos para que os selvagens do
Japão fracassem. A última coisa de que este mundo necessita e de outra maldita
Alemanha.
Lançamento de mais um desagradável ensaio
de que os malditos alemães chamam de filosofia
Acaba de ser lançado na desagradavelmente
fria Alemanha — como se seus habitantes já não fossem suficientemente
desagradáveis e não houvessem saqueado nossas terras da Lorena e da Alsácia na
última guerra — o livro Humano, demasiado
Humano. Trata-se de uma obra não digna de nota escrita por um
professorzinho de menor categoria chamado Friedrich Nietzsche. O grande tema do
texto é uma desnecessária discussão em que o autor demonstra toda a frigidez e
insensibilidade dos espíritos nascidos no norte, seu rancor por ter de viver em
uma terra gelada e bárbara e sua total falta de domínio sobre os verdadeiros
sentimentos relacionados à Arte.
Nietzsche, em seu texto, deixa claro seu
modo de pensar retrógrado, seu amor por ideais aristocratas e escravistas e sua
idéia de que o povo não é o verdadeiro dono da nação, e sim apenas uma
ferramenta na mão de uma nobreza tirana. Uma mente que só poderia ter se
formado em um local dominado por uma ausência total de cultura e ainda imersa
no barbarismo. Quem sabe um dia os alemães sejam iluminados pela razão e, como
fizemos em nossa França, cortem a cabeça de todos os seus aristocratas e de
seus bajuladores. Sugiro que comecem pelo professor Nietzsche, mas duvido que
um alemão possa vir a ter algum sinal de lucidez.
Informes de Guerra
Cabul, Afeganistão.
Shere Ali Kahn, filho do falecido Emir
Dost Muhammad, assumiu recentemente o trono e parece ter adotado abertamente
uma política favorável à Rússia. Os ingleses, devido às suas óbvias limitações
intelectuais, apenas agora perceberam a ideologia a que o novo monarca do
Afeganistão se alinhou e mobilizam tropas preparando um ataque de forças
anglo-indianas para novembro. Nosso pintor histórico enviado ao local nos mandou
uma pintura a óleo mostrando em que situação se desenrolam as manobras
militares. Torçamos para que os russos e ingleses se destruam mutuamente nesta nova
e iminente Guerra Anglo-Afegã e que os valorosos franceses mortos nas Guerras
Napoleônicas sejam vingados.
Quadro de nosso pintor histórico enviado à
região ilustra afegãos (peças amarelas) aliando-se aos russos (peças brancas),
enquanto armada inglesa (casacos vermelhos), ao que tudo indica, prepara uma
“troca” para a próxima rodada.
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